terça-feira, 29 de abril de 2008

Agora, não mais suspiro. Não mais sorrio. Não mais me entrego.
Não me abalo, não me permito, não me surpreendo.
Gastei o que o havia dos meus delírios; sobrepujei no que pude os meus pudores.
Incentivei as poucas fantasias que agora sublimam no céu negro do meu enfado,
e que tão cedo não se solidificarão; tão cedo sequer serão.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Leal café


Jamais me negas o teu aroma
sempre me alegra o teu sabor.

Quando fraco, quando amargo
nunca perderás o primor.

Eu que no deleite das sensações que me possibilitas,
esqueço meus fardos,
enfados,
minhas agonias.

Pô, tentei.

Acaba de chegar o embrulho que diz 'vida', dedicado à mim.
De fato ele chegou muito antes, mas só o abri agora.
Queria eu escolher o que tirar de dentro dele,
Mas tudo está coeso e interligado.
Não harmônico, simplesmente grudado.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Vital gentileza.

Jamais subestime o poder de um ato aparentemente inócuo para quem realiza, porém decisivo para quem o recebe.

Prenda-se, sim, aos detalhes.

De certa forma, submeta-se, entregue-se, doe parte de sua gentileza a quem estiver disposto a recebê-la.
Abstenha-se de pudores irrelevantes, superestime a confiança que o outro lhe deposita.
Acate seus próprios conselhos, alimente seu próprio ego.

Cative.
ܓ

terça-feira, 8 de abril de 2008


Breu da Alma.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

SERVER ERROR 404

Meus esforços não têm sido suficientes.
Minha intenção não está sendo captada.
Minha maneira de abordar parece embaçada, indecifrável.
Minha mensagem chega com ruído ou simplesmente não chega.
Minhas palavras estão corroídas.
Minhas frases são feitas de sopro.

E proferí-las ameaça a chama que a muito custo ateei.



Arruinando minha própria fonte de felicidade instantânea.
Cortando a linha de alegria que tem costurado os meus dias.
E cada passo adiante, são dois que retrocedem.

domingo, 6 de abril de 2008

Esperar é perder.

Esquivas, ligeiras, convidativas ou não, as oportunidades passeiam graciosas e comumente solitárias.
Enquanto estivermos parados, passam velozes e destemidas.
Muitas vezes incovenientes. Outras tantas decisivas. Sempre geniosas. Por vezes sofismam, afligem. Nunca vãs.
Para alguns..apenas vultos.

sábado, 5 de abril de 2008

Eu já disse tudo o que poderia dizer;
Já fiz tudo o que achei conveniente;
Ignorei alguns princípios, adquiri tantos outros;
Tive a criatividade e o sono roubados;
Eu perdi o controle. Ou talvez o tenha em demasia.

sexta-feira, 4 de abril de 2008


Numa Era em que uma mente pensante é ofuscada por um corpo despido.
(a foto, obviamente, não é minha.)

quinta-feira, 3 de abril de 2008


Nunca serão sanadas.
Nunca serão recíprocas.
Nunca serão mais do que são.
Para sempre ilusões.
Para sempre irreais.
Para sempre um pedaço de nada,
migalhas inconcretas,
emanação efêmera,
fagulhas frustradas,
mentiras otimistas,
ogros maquiados,
gasolina refinada,
músculos anabolizados.

Vontades abafadas.

(foto: print screen de foto mal carregada -internet lerda e talecoisa)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

(não)Siga!

Não importa o quanto te sinalizem: a comprovação empírica é essencial em toda e qualquer situação.
Se o caminho que siguimos está errado, veremos. E este "veremos" é que vem carregado de dúvidas, frustrações ou sabe-se lá o que reserva este futuro obscuro que me espera.
Não sigo as evidências por orgulho, mas por instinto. Não controlo a necessidade de uma segunda opinião; não que seja de todo ruim, mas a incompreensão de alguns torna tudo intolerável, inconcebível, quase ridículo. Não entendem por que diabos careço de me estrepar para crer que não devo pensar, falar, agir. Realmente observando com certa criticidade, é um tanto estranho, porém não incomum, visto que se fosse diferente, todos fariam e agiriam da maneira que parecesse mais segura e estaria tudo certo.
O gosto pelo incerto e o prazer que ele proporciona são os grandes responsáveis pelas maiores decepções da história; ao menos as minhas são explicadas por estes dois fatores que invertem o "não" em "sim", o "não vá" por "corra!" e eu poderia ficar dias citando as distorções que esta espécie de curiosidade me proporciona.
A vida não seria vida se não fosse comprovada pelos que a possuem; o indivíduo vivo não vai limitar-se a ouvir opiniões alheias aparentemente certas e seguí-las de modo a esquecer de sua própria capacidade de criar situações e inacreditavelmente se dar bem nelas.
Disponha de certa ousadia, mesmo que ela resulte em um constrangimento. Eles não será mais dolorido do que uma oportunidade perdida - experiência própria.

Afáveis amplexos.
(a fotografia, que deixou a desejar, é minha.)



...
As palavras me faltam na tua ausência.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Então vá embora.
Saia daqui.

 
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