domingo, 27 de junho de 2010

A vida é um morango

Todo fim de semestre é assim. Eu preciso falar. Preciso falar que eu estou pouco me fodendo, aliás, muito pouco me fodendo pra essas avaliações imbecis com critérios imbecis com o igualmente imbecil propósito de testar os meus nervos. Não me venha com a chorumela de que estão me preparando para o mercado de trabalho, que é "muitíssimo concorrido", porque não cola mais. O colégio dizia que me preparava para o vestibular, que é "muitíssimo concorrido", e no máximo fez eu me trancar certa vez no guarda-roupa para não ter que ir para a aula. Aí ok, vem o vestibular e com ele um pingo de esperança de que ele é o portal para o mundo onde eu vou aprender a fazer aquilo que eu realmente gosto de fazer (física de cu é rola!), mas aí você cruza o portal e vê os mesmos moldes da porcaria daquele colégio escroto que só queria que você o frequentasse quieto. Os mesmos trabalhos idiotas! Os mesmos rompantes dos professores! A mesma burocracia! E sem a merenda de graça no intervalo. Tudo isso porque é preciso nos prepararmos para o concorridíssimo mercado de trabalho? UMA PINÓIA! O mercado de trabalho é tão coitado quanto o vestibular que a galera marca a letra "a" em toda a prova e passa. Essas merdas de instituições são paratequetos para a gurizada que ainda pensa que a vida é um morango. Mas eu juro que a vida é um morangão coberto com chocolate e chantilly, ou pelo menos tão maravilhosa quanto, para que eu a entregue para um professor presunçoso que está, assim como eu, pouco se fodendo para tudo isso. Eu realmente gostaria de não valorizar tanto cada célula do meu corpo, eu gostaria de esquecer que a vida, na verdade, não quer que eu me foda e, assim, passar grande parte dela cumprindo tarefas que tirassem o meu sono, a minha paz. Mas eu não consigo. Estou aqui enrolada no edredon com o meu morango, não fazendo a resenha, não fazendo a parte escrita do trabalho tal, não lendo o capítulo de não sei qual livro...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Às vezes não importa o tamanho do esforço.
O tamanho da dor e da vontade, o volume de lágrimas, quanto tempo foi gasto, quanto dinheiro foi desenbolsado, quantos encontros e desencontros, quanta energia positiva. Às vezes não importa o tamanho da torcida, nem o quanto ela grite: o time perde.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Eu já conhecia o significado da palavra energia, inclusive a proferia com frenquencia, mas sem dúvida só pude realmente compreendê-la quando resolvi estancar o Sol, que vinha da janela do banheiro, com uma toalha casualmente laranja. Visualmente o efeito já é bastante encantador (vide foto), mas posso afirmar que a sensação de estar ali dentro agrada muito mais do que os olhos.



fio da chapinha

Eu poderia continuar divagando sobre isso, mas aconselho fazer a experiência pra não ter que ficar lendo uma ladainha que provavelmente não vai fazer muito sentido. Então agora pra finalizá issaqui, deixo um registro da produção de hoje, inspirada nas vilãs da Disney:


(e pensar que eu costumava me maquiar assim... sempre.)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A pureza tá me denegrindo. A inocência tá me maculando. Toda essa diafaneidade me obscurece. Só a sujeira num estado crítico de putrefação pode me santificar. Eu preciso da vulgaridade, do podre e da infâmia. Eu preciso ter o sentimento mais vil, o pensamento mais profano e procurar pelos prazeres mais repugnantes. A ingenuidade, traiçoeira e dissimulada, tá sempre tentando me distrair e sufocar, quer que eu esqueça de quem eu realmente sou. Mas eu não vou me entregar, eu não posso ignorar a teia de instintos da qual eu nunca vou me desprender. Eu não posso deixar que convertam os meus impulsos em sorrisos.

 
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