quarta-feira, 23 de julho de 2008


É pura e simples questão de escolha: prevaleça, ou aceite chegar em segundo lugar, ser o último a ser ouvido, o primeiro a se arrepender, a sofrer, a retroceder. Aja, ou corra o risco de se surpreender com a ação alheia; admita antes que te julguem, grite antes que a tua voz seja sufocada por outra. Aproxima-te, instigue o que queres a se aproximar, ou esteja sujeito a ficar eternamente no mesmo lugar.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Será?

terça-feira, 8 de julho de 2008

Ser algo nem sempre implica em se sentir como tal; esta não-sensação-de-ser logo transforma-se em alguma outra referente a incapacidade/impotência. Afinal se eu sou, deveria ao menos fazer jus a isto; deveria provar para mim e a quem quisesse, sem grandes dificuldades, visto que a maior delas já foi superada. É fato que parecer exige menos labuta do que ser, e que, mesmo ambos tendo valor quando isolados, quando juntos são imbatíveis. Porém, eu, constantemente embebida em uma solução de azar, descrença e ócio, simplesmente sou e não faço questão de parecer. Digo, não fazia. Tudo o que eu tenho quisto é a verosimilhança entre o que sou e o que aparento, uma perfeita sintonia entre essência e superficialidade, a compatibilidade da minha verdade com as evidências dela. O pior de tudo é que a pessoa que pode me ajudar nunca está disposta, tem sempre uma desculpa para me ignorar, ora tá dormindo, ora tá escrevendo num blog idiota. Por isto deixo aqui meu protesto a este indivíduo repugnante e asqueroso: lamento ter que pôr a minha vida nas tuas mãos e depender de ti para toda e qualquer ação ou pensamento que eu venha a realizar, logo tu, o ser mais irresponsável e conformado que conheço, és a soberana de mim. Eu havia dito que o pior de tudo era a tua indisposição para me ajudar, mas realmente foi um equívoco; o pior de tudo é que eu preciso zelar pelas tuas integridades física e psiquica, compreender as tuas falhas e te amar mais do que qualquer coisa. Não é contigo que eu quero parecer, mas és tu quem sou.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

na unha que roí
no cabelo que caiu
no corte que lateja

Se esvai a minha razão.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

(?)

Quando se desconfia que o indivíduo tem algo a dizer, e que este algo pode de alguma forma te prejudicar, é melhor nem perguntar. Ambos ficarão constrangidos com suas presenças, um pensando no que tem a dizer e/ou na pouca ou nenhuma abertura do outro para que fale, e o outro tentando pensar em qualquer coisa que não o que o outro supostamente tem a dizer. Das três uma: ou um deles esquece e o outro consequentemente também, ou o que tem a dizer diz e sabe-se lá o que acontece, ou ainda o ouvinte solicita/insiste que o outro fale. Alguma sugestão sobre qual devo escolher (menos a última, por favor)?

 
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